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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O PERIGO RONDA AS ASSOCIAÇÕES


Há mais de 25 anos as associações  comunitárias se espalharam pelo Brasil, notadamente nos centros urbanos de maior concentração popular, tendo como objetivo encaminhar soluções de problemas coletivo ( água, energia elétrica, defesa do meio ambiente e da cidadania, saneamento, educação, saúde e habitação) que os partidos políticos e as autoridades públicas não estavam  resolvendo a contento, devido a grande demanda. E, segundo pesquisas  apontam, elas tem papel  importante na democratização do país. Isto porque, de fato, concorrem para a melhoria da qualidade de vida de  vários segmentos da população e de um modo com menor grau de autoritarismo.

Acontece que a principal atividade desenvolvida pela grande maioria dessas associações  é a implantação de programas  de governo. Não que esses programas não sejam benéficos às comunidades, mas as entidades, ao tempo em que se voltam aos objetivos governamentais, deixam suas comunidades em plano inferior. E o perigo está exatamente aí. Ou seja, a ocupação  de um espaço comunitário por ações desenvolvidas  pelos governos federal, estadual  e municipal. E isto foge inteiramente  ao que podemos chamar  de administração compartilhada, pois a tendência  é que essas associações  se tornem meras burocracias  e trampolins  para que seus diretores  consigam pra si os cobiçados cargos públicos.

Ao se ocuparem muito mais das tarefas designadas pelos órgãos públicos em detrimento  dos interesses  de seus associados, as diretorias , a partir daí, deixam , de forma autônoma, de existir.

As populações mais carentes, por exemplo, precisam ficar atentas para não servirem como massa de manobra nas mãos  de dirigentes “ sabidos”. A não ser que desejem ficar cativos, para o resto da vida, das administrações públicas.

OBS.: é bom esclarecer que  muita coisa boa vem ocorrendo nesse país, face ao trabalho desenvolvido pelas associações comunitárias cujos diretores não se distanciaram de seus reais objetivos: lutar em defesa do bem-comum.

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