Há mais de 25 anos as
associações comunitárias se espalharam
pelo Brasil, notadamente nos centros urbanos de maior concentração popular,
tendo como objetivo encaminhar soluções de problemas coletivo ( água, energia
elétrica, defesa do meio ambiente e da cidadania, saneamento, educação, saúde e
habitação) que os partidos políticos e as autoridades públicas não estavam resolvendo a contento, devido a grande
demanda. E, segundo pesquisas apontam,
elas tem papel importante na
democratização do país. Isto porque, de fato, concorrem para a melhoria da
qualidade de vida de vários segmentos da
população e de um modo com menor grau de autoritarismo.
Acontece que a principal
atividade desenvolvida pela grande maioria dessas associações é a implantação de programas de governo. Não que esses programas não sejam
benéficos às comunidades, mas as entidades, ao tempo em que se voltam aos
objetivos governamentais, deixam suas comunidades em plano inferior. E o perigo
está exatamente aí. Ou seja, a ocupação
de um espaço comunitário por ações desenvolvidas pelos governos federal, estadual e municipal. E isto foge inteiramente ao que podemos chamar de administração compartilhada, pois a
tendência é que essas associações se tornem meras burocracias e trampolins
para que seus diretores consigam
pra si os cobiçados cargos públicos.
Ao se ocuparem muito mais
das tarefas designadas pelos órgãos públicos em detrimento dos interesses de seus associados, as diretorias , a partir
daí, deixam , de forma autônoma, de existir.
As populações mais carentes,
por exemplo, precisam ficar atentas para não servirem como massa de manobra nas
mãos de dirigentes “ sabidos”. A não ser
que desejem ficar cativos, para o resto da vida, das administrações públicas.
OBS.: é bom esclarecer
que muita coisa boa vem ocorrendo nesse
país, face ao trabalho desenvolvido pelas associações comunitárias cujos
diretores não se distanciaram de seus reais objetivos: lutar em defesa do bem-comum.
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