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quinta-feira, 22 de março de 2012

ERRAMOS

Em virtude de informações desencontradas por uma fonte nossa, que causou confusão entre duas cantoras alagoanas ,Clemilda e Cremilda, erramos ao afirmar em matéria anterior, que a forrozeira Clemilda, nascida em São José da Laje/AL, havia falecido. O que não é verdade. A  falecida é a " Cremilda ,Madame do Xaxado", natural da cidade de Delmiro Gouveia.
Só detectamos o erro ao recebermos gentil e-mail do leitor Clayton Araújo dos Santos, funcionário do Grupo Bandeirantes de Comunicação, que nos pediu informações sobre a nota de falecimento da Clemilda .
Por isso, pedimos mil desculpas aos visitantes de nosso blog pelo constrangimento que causamos. E, principalmente, à nossa amada e conterrânea Clemilda, A Rainha do Forró, que continua apresentando programa em emissora de TV de Aracaju e participando de shows acompanhada de seu filho Betinho dos Oito Baixos. Abaixo, a matéria sobre o falecimento da Cremilda delmirense:


CREMILDA PEREIRA, A MADAME DO XAXADO

  Madame do Xaxado sofria com diabetes e estava quase cega.
Morre em Maceió a cantora e forrozeira Cremilda Pereira. Madame
 do Xaxado como era conhecida, Clemilda Pereira começou sua carreira como cantora de forró juntamente com seu ex marido Nouzinho do Xaxado, ainda foi artista de circo, radialista e locutora. Gravou dois discos e deixou um legado de lealdade para com os amigos e a alegria que sempre se via em seus lábios.
A Madame do Xaxado sofria com diabetes e estava quase cega. Fez duas cirurgias nos olhos mas não conseguiu êxito.
O seu sepultamento será nesta quarta em horário a ser definido, no cemitério novo, em Delmiro Gouveia. Recentemente o site delmiroja.com.br publicou uma matéria sobre a vida desta artista delmirense, confira na matéria abaixo.

A cantora

Cremilda Pereira do Nascimento nasceu na cidade de Delmiro Gouveia, em 18 de dezembro de 1949, no sertão de Alagoas, começou sua carreira com 17 anos, quando foi tentar a sorte em São Paulo, levado pelo marido e Empresário musical Nouzinho do Xaxado. Seu sonho era ser Atriz, mas chegando a cidade grande, encontrou outra realidade: teve que cantar e dançar para sobreviver, pois o marido a obrigava fazer shows nos palcos de Circo e casas noturnas. Não conseguindo o tão sonhado sucesso, volta para sua cidade natal, grávida de sua segunda filha.
Anos mais tarde, consegue emprego na única indústria do município e trabalha por três vezes na então Companhia Agro Fabril Mercantil, com carteira assinada, mas, o sangue de Artista que corre em suas veias faz pulsar o sentimento e a capacidade de realizar seu sonho faz com que Cremilda Pereira procure novos horizontes onde possa mostrar seu talento, viaja para Caruaru em Pernambuco, lá chegando, também encontra dificuldades, e, consegue emprego numa fábrica de roupas que mais tarde fecha suas portas, e lá, deixa parte de seus documentos inclusive C.T.P.S. Nossa peregrina ainda trabalhou na Fundação de Cultura do Recife, cantou em Circos, Clubes Sociais, Cinemas, Churrascarias, foi conselheira do Sindicato de Artes Cênicas de Pernambuco e trabalhou também na Fundação Cultural de Recife.
Tempos depois, com sua voz poderosíssima trabalha como Locutora e Apresentadora em Emissoras de Rádios (Rádio São Francisco) na cidade de Penedo, em Alagoas; trabalhou também na extinta Rádio Poty, em Paulo Afonso-Ba; Rádio Central FM e Rádio Cidade, em Delmiro Gouveia-AL.
Compositora, Cremilda Pereira, compôs uma infinidade de Músicas de forró, gravou dois discos (apenas participações) denominados: Pau de Sebo. Em 1983 consegue gravar seu disco de vinil pelo selo Grupo Editorial Fermata com repertório próprio: Cremilda Pereira, a Madame do Xaxado, vol. 1. Depois de peregrinar por várias cidades do Brasil sem fazer o sucesso que tanto esperava, em 2001, Cremilda Pereira volta em definitivo para Delmiro Gouveia. Quase cega por causa de cataratas e Diabetes, a compositora, Cantora e Artista Popular vive no anonimato amargando os dissabores da vida. Recentemente fez duas cirurgias custeadas pelo seu amigo de infância e prefeito de Delmiro Gouveia, Luiz Carlos Costa. Mas, ainda não recuperou sua visão. Sem perspectivas, desempregada, sem nenhuma fonte de renda e doente, a Madame do Xaxado espera das autoridades locais o reconhecimento não de seu trabalho pela Cultura, mas, do ser Humano que ela é. "Gostaria de ter minha casa e meu salário para viver o resto dos meus dias sossegada sem ter que pedir nada a ninguém", desabafou Pereira.
Fonte: Tadeu Gobeu, com delmiroja.com.br

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