LEMBRANDO O JORNAL DE ALAGOAS

                     
Dia 7 de julho de 1993. Data que marca triste recordação no seio de toda a sociedade alagoana, notadamente para os  ex-leitores e profissionais de Imprensa. Foi nesse dia que o Jornal de Alagoas, o mais antigo periódico do estado, em circulação até então, fechava, para não mais abrir, as suas velhas portas.

O fechamento do nosso querido e saudoso jornal que , na época, deixou 96 funcionários desempregados, foi motivado pela situação de insolvência da empresa devido o elevado grau de incompetência com que era administrada. Os jornalistas que labutavam no antigo Jalagoas ainda tentaram reverter aquela situação, elegendo uma Comissão que foi a Brasília (em companhia de políticos engajados na luta pela reabertura do jornal) para uma audiência com o presidente do Condomínio Diários Associados, Paulo Cabral. Naquela oportunidade, a Comissão apresentou proposta para que o Jornal de Alagoas voltasse a circular diariamente, como exigia a sociedade alagoana – que manifestou sua solidariedade aos trabalhadores.

POPULAÇÃO  INFORMADA – Para o retorno do JA, os funcionários tinham uma posição firmada: não aceitariam mais ser dirigidos pelos mesmos que levaram a empresa à falência, como o diretor-executivo Aécio Diniz, considerado o responsável maior pela liquidação. 

Na nossa opinião ,  se os Associados tivessem ouvido, anteriormente, os trabalhadores e mudado a direção da empresa, nada de ruim teria acontecido para o Jornal de Alagoas e nem para todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com a boa Imprensa .

Um dia após o fechamento do JA, os  jornalistas que lá  labutavam mandaram uma Edição Extra para as ruas, no sentido de informarem aos seus assíduos leitores sobre os reais motivos que  o levaram “à morte”. 

Mauro Sélvio entrevista o vereador Tavares, de Satuba-AL, 
 em foto de 1980

Ainda hoje, a população alagoana lembra com carinho, e muita saudade, do velho jornal em cujo prédio funciona atualmente uma filial das lojas C&A, na Rua Boa Vista, Centro de Maceió.

Particularmente, todas às vezes em que passo pela referida localidade, não deixo de olhar para o alto e amargar o que  restou de minha antiga “casa de fazer jornal”: a fachada onde funcionava a Redação do inesquecível e saudoso JORNAL DE ALAGOAS.