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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A OUTRA FACE DO JORNALISMO

Pouco a pouco, a imagem do jornalismo como uma profissão charmosa, cercada por uma mística de romantismo, vai cedendo lugar a uma realidade bastante dura, revelada pelas experiências, pelas estatísticas e por estudos mais aprofundados.
Cada vez mais o jornalismo é profissão de risco. E não apenas porque, por exigência profissional, está sempre no epicentro de todos os tipos de conflitos : guerra entre países, guerras civis, conflitos rurais, conflitos urbanos, sejam de natureza delinquencial ou das lutas civis ou trabalhistas, etc. Enfim, no afã de registrar o dia a dia daquilo que mais tarde será história, o jornalista, como o olho da sociedade, deve estar o mais próximo possível dos fatos, mesmo dos mais perigosos, para entender, captar e transmitir. Não por acaso uma das primeiras vítimas do acidente de Chernobyl foi um repórter-fotográfico, que sobrevoou a usina  e fotografou-a para que  o mundo pudesse saber o que acontecia e, também,  para que se pudesse medir a explosão, até então desconhecida.
O jornalismo é também uma profissão de morte precoce. Pesquisas realizadas por entidades respeitadas em todo o mundo revelam que os jornalistas registram uma tendência de não  alcançar sequer  aposentadoria com elevado índice de morte súbita ainda no exercício da profissão, afetados por doenças cardiovasculares, no aparelho digestivo e a hipertensão.
Necessário se faz  estimular a formação de uma consciência, visando aperfeiçoar  tanto os contratos coletivos firmados  com o empresariado da comunicação, como também a própria legislação trabalhista.
Já está na hora de repensar-se as condições de trabalho dos jornalistas.

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